quarta-feira, 25 de junho de 2025

Oração Diária - 27.06.2025


Oração Contemplativa

Ó Fonte que me busca no abismo da ausência, leva-me sobre teus ombros ao centro do Ser onde tudo se reconcilia em Ti. Amém.

Reflexão sobre a oração
Esta oração se abre com a invocação da “Fonte”, princípio metafísico do Ser, que não aguarda passivamente, mas se move em direção ao que se perdeu. O “abismo da ausência” não é apenas geografia do erro, mas o vazio existencial da separação. Ao pedir para ser levado “ao centro do Ser”, a alma clama por reintegração ontológica, onde tudo — inclusive a própria queda — é reconciliado em Amor. A parábola torna-se, assim, imagem da jornada interior: o retorno livre à Origem que jamais deixou de sustentar, buscar e acolher silenciosamente toda criatura.


Oração de Cura

Pastor eterno, cura minhas feridas com teu amor que busca sem julgar, carrega sem pesar e celebra minha volta com alegria divina. Amém.

Reflexão sobre a oração
Nesta única linha, concentramos o poder curativo da parábola: Deus não cura por obrigação, mas por alegria. O amor do Pastor não se impõe — ele procura, encontra e eleva. O verbo "celebra" indica que o retorno não é apenas aceito, mas festejado, e isso revela a dignidade restaurada da alma. Ser curado, aqui, é ser reencontrado por um Amor que não pergunta "por quê?", mas simplesmente diz: "vem". A cura é, portanto, reconexão com esse centro que nunca deixou de esperar — silencioso, fiel e infinitamente libertador.


Oração Meditativa

Pastor eterno, ouve meu clamor,
Perdido estive, mas teu olhar me achou.
Não me julgaste, apenas me tomaste,
Sobre teus ombros o fardo se esvaziou.
Em teu silêncio nasceu meu retorno,
E em tua alegria, o céu em mim cantou.

Reflexão sobre a oração

Esta oração nasce do centro da parábola: o reencontro que não exige explicações, mas acolhe com ternura. O “Pastor eterno” representa o Amor que busca sem acusar, que encontra sem punir. A imagem dos ombros que carregam não simboliza peso, mas alívio — a Graça que sustenta quando a alma escolhe voltar.

Aqui, o retorno não é humilhação, mas ascensão. A ovelha reencontrada não é inferior às noventa e nove: é celebrada porque sua liberdade foi restaurada no encontro. O último verso — “o céu em mim cantou” — inverte o olhar: o júbilo celestial não é apenas algo fora de nós, mas vibração íntima que surge quando o ser se reencontra com seu centro. A alegria divina ressoa dentro de quem escolhe amar, apesar da queda.


Oração a São Cirilo de Alexandria

Ó Cirilo, chama que não se apagou,
Tu que guardaste o Verbo em tua fronte,
Ergue tua voz onde o erro calou,
Defende a luz no íntimo monte.
Faz do silêncio fecundo altar,
E ensina-nos a Deus encarnar.

Reflexão sobre a oração

Esta prece poética não invoca um intercessor distante, mas um mestre da luz que vive na dimensão eterna da verdade. São Cirilo é aqui celebrado não apenas como defensor da fé, mas como místico do Verbo encarnado — um espírito que viu na Encarnação a elevação de toda a matéria ao espírito.

Pedir a Cirilo que "defenda a luz no íntimo monte" é reconhecer que o maior campo de batalha é o interior da alma, onde as ideias se formam e a liberdade escolhe. "Ensina-nos a Deus encarnar" não é simples frase devocional, mas súplica profunda: que cada ser humano se torne, pela liberdade e pelo amor, templo vivo do Mistério.

Leia: LITURGIA DA PALAVRA

Leia também:

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