Oração Contemplativa
Verbo eterno, entra na margem oculta do meu ser, dissipa o caos silencioso, desperta-me à luz que liberta sem ferir, que ordena amando. Amém.
Reflexão sobre a oração:
Esta oração contempla a presença de Cristo como princípio ordenador que, ao atravessar a “margem oculta” — símbolo das regiões inconscientes e esquecidas da alma — não impõe, mas revela. Ela reconhece que o caos interior não é vencido pela força, mas pela luz que sabe amar o que ainda está em sombra. A expressão "liberta sem ferir" traduz o poder do divino que transforma sem violentar, que desperta sem esmagar, e conduz o ser à sua inteireza por meio de um Amor que conhece sua profundidade. É um retorno à ordem original — não pela imposição, mas pela revelação do que eternamente somos.
Oração de Cura
Jesus, Filho de Deus, entra em minha dor, cala as vozes que me destroem, liberta-me para Te seguir em paz e verdade. Amém.
Reflexão sobre a oração:
Nesta súplica breve, ecoa o clamor dos possuídos que, mesmo dominados, reconhecem a presença libertadora de Cristo. A oração une o desejo de cura à vocação de seguir o Senhor em paz e verdade, indicando que a libertação não é fim em si, mas início de um novo caminhar. O silêncio que se pede não é vazio, mas espaço onde a voz de Deus possa finalmente ser ouvida. A verdadeira cura é retorno ao centro, onde a alma reencontra sua origem e destino no Amor que não oprime, mas transforma.
Oração Meditativa
Senhor, entra no abismo que sou,
silencia em mim o que me fere.
Liberta-me das sombras antigas,
faz da minha dor Tua estrada.
Que Tua paz repouse onde sangro,
e Tua luz me devolva o nome.
Reflexão sobre a oração:
Esta oração nasce do encontro entre o Cristo e os possuídos, figuras da alma dilacerada por forças que lhe roubam a inteireza. Ao pedir que o Senhor "atravesse" o abismo interior, a oração reconhece que a cura começa pela presença. Não se trata apenas de expulsar o mal, mas de habitar com plenitude o lugar antes ocupado pela divisão. O silêncio que se implora é o da reconciliação — quando a alma, antes fragmentada, encontra novamente seu eixo. E a paz, nesse contexto, não é ausência de conflito, mas presença real d'Aquele que ordena o caos pelo Amor.
Oração a São Bernardino Realino
São Bernardino, chama silenciosa,
Guia dos que buscam na sombra a luz,
Torna firme a alma que ainda hesita,
Com tua doçura que nunca acusa.
Faz de meu ser um templo em repouso,
Onde a Vontade do Alto me conduz.
Reflexão sobre a oração:
Esta prece é um eco da vida de Bernardino: um convite à firmeza sem dureza, à luz sem violência. Ao pedir que ele guie os que ainda hesitam, a alma reconhece sua própria liberdade e, ao mesmo tempo, sua vulnerabilidade. O espírito não é coagido à transformação, mas tocado. A oração não exige, mas se oferece. O templo em repouso é o símbolo da interioridade reconciliada, onde a ação já não nasce do medo, mas da escuta serena da Vontade superior. E essa escuta é o início de toda verdadeira grandeza.
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