Oração contemplativa:
Envias-me, Senhor, vazio e pleno, para curar sem posse, doar sem apego, ser paz invisível que retorna sempre à fonte eterna. Amém.
Reflexão sobre a oração:
Esta oração sintetiza a entrega absoluta do ser ao chamado divino, onde a existência se abre para a missão sem buscar ganho ou reconhecimento. A liberdade interior nasce do esvaziamento do eu, permitindo que a presença do Reino se manifeste por meio da ação desapegada. Ser “vazio e pleno” é paradoxal: é perder a si mesmo para encontrar a fonte inesgotável que sustenta toda vida. A paz invisível que retorna à origem é a certeza de que o dom circula eternamente, renovando a essência do enviado e da missão.
Oração de Cura
Senhor, que me envias com Teu Reino, cura minhas feridas visíveis e ocultas com Tua graça gratuita e paz abundante. Amém.
Reflexão sobre a oração:
A oração de cura baseada neste Evangelho é um eco da missão confiada por Cristo: doar sem possuir, curar sem dominar, servir sem exigir. Ao pedir cura, não se busca apenas alívio físico, mas a reintegração da alma à sua vocação profunda: viver em comunhão com a origem. A paz oferecida é semente de reconciliação interior, e a graça — por ser gratuita — não depende de mérito, mas de abertura. A verdadeira cura começa quando acolhemos o Reino como presença silenciosa, que transforma a ferida em fonte.
Oração Meditativa
Reino que vem, passa por mim,
em mãos vazias, paz sem fim.
Curo, não meu, mas Teu poder,
sem possuir, aprendo a ser.
De graça vivo, de graça dou,
e onde não aceitam, volto ao que sou.
Reflexão sobre a oração:
Esta oração brota do coração do envio evangélico: ela expressa a leveza de quem nada retém e tudo oferece. Ser discípulo é tornar-se canal, não fonte; é viver na confiança de que o dom se renova na medida em que se reparte. A missão não depende do resultado, mas da fidelidade ao impulso interior que move. Mesmo rejeitado, o enviado retorna ao centro — sem rancor, sem perda — porque sabe que a paz, quando não acolhida, não morre: ela volta a florescer no coração que permanece livre.
Oração a Santa Verônica Giuliani
Santa Verônica, vaso de puro ardor,
na tua carne brilhou o Amor crucificado.
Faz do nosso peito um altar interior,
onde a dor seja luz e o pranto, sagrado.
Ensina-nos a sermos chama que serve e não exige,
vazios de nós, plenos do que Deus dirige.
Reflexão sobre a oração:
Invocar Santa Verônica é tocar o limiar de uma entrega que não retém nada para si. Sua vida, radicalmente aberta ao Infinito, convida-nos à liberdade interior mais elevada: aquela que não depende da ausência de dor, mas da presença absoluta do sentido. Ao rezarmos, não pedimos apenas graças exteriores, mas acesso ao mesmo caminho de transfiguração. A oração, nesse horizonte, é passagem — do eu limitado à consciência que se sabe habitada. E nesse esvaziar-se, o ser floresce.
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