Oração Contemplativa
No silêncio da cruz, renuncio ao que passa, uno-me ao Verbo eterno, e nele descubro a liberdade que me revela quem sou. Amém.
Reflexão sobre a oração:
Esta oração condensa o núcleo metafísico de Mateus 16,24-28: a verdadeira identidade do ser humano se revela na união com o Cristo, quando há renúncia do transitório em favor do eterno. A cruz não é um fim trágico, mas o espaço onde o tempo se encontra com o Infinito. Ao contemplar o Verbo, o espírito se reconhece parte do Todo, livre das máscaras do ego. A entrega torna-se revelação, e a dor, passagem. A liberdade, aqui, não é autonomia isolada, mas comunhão luminosa com a Fonte que dá sentido ao existir.
Oração de Cura
Senhor, cura-me de mim mesmo, liberta-me dos falsos pesos, ensina-me a seguir-Te com coragem, amor e verdade em cada passo. Amém.
Reflexão sobre a oração:
Esta súplica, inspirada no chamado de Jesus em Mateus 16,24-28, revela que a verdadeira cura começa com a renúncia do ego ilusório. A libertação não está em escapar da dor, mas em redimi-la através da cruz assumida com amor. Ao pedir para ser curado “de si mesmo”, o orante reconhece que seus maiores grilhões nascem de dentro. O seguimento de Cristo se transforma, então, em um caminho de restauração da alma, onde o Amor é o princípio curador, e a Verdade, o destino. A cruz, quando abraçada livremente, não destrói, mas eleva.
Oração Meditativa
Se queres, Senhor, que eu te siga,
ensina-me a perder o que não sou.
Na cruz que me dás, há uma trilha
que o mundo não vê, mas Tu semeou.
Que eu morra em mim para viver contigo,
e encontre no fim o início do Amor.
Reflexão sobre a oração:
Esta breve oração é uma entrega consciente ao chamado profundo do Evangelho: seguir o Cristo não é adesão externa, mas transformação do ser. A perda de si não é anulação, mas libertação do que é ilusório. A cruz torna-se caminho, não castigo. O paradoxo da fé se revela: morrer para viver, entregar para encontrar, seguir para ser. Cada verso é uma respiração da alma que desperta para sua vocação mais alta — unir-se Àquele que é origem, centro e destino da liberdade que ama.
Oração a São Domingos de Gusmão
São Domingos, luz desperta,
voz que clama na alvorada;
faz do verbo espada aberta
e da cruz, flor sem espada.
Guia os passos que vacilam
para a Verdade encarnada.
Reflexão sobre a oração:
Esta oração evoca Domingos como arauto da luz interior — aquele que transformou a palavra em caminho e a dor em flor. Em apenas seis versos, desenha-se o itinerário do espírito livre que escolhe a Verdade como direção de vida. A espada não fere, mas abre o véu da ignorância. A cruz não pesa, floresce. Cada linha é um convite à consciência desperta, que não se contenta com respostas fáceis, mas ousa buscar a origem, a liberdade e a plenitude no Amor que se diz e se dá. Domingos, assim, continua sendo mestre da luz que nasce do silêncio.
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